quinta-feira, 19 de março de 2009

A luta

Na segunda feira após um procedimento para colocação de um cateter venoso central na veia jugular, Kalki teve duas paradas cardíacas. A primeira ao meio dia e a segunda as quatro da tarde. Está cada vez mais difícil a coleta de sangue para os exames. Kalki está cansado, mas como é um menino excepcionalmente forte, continua lutando. Os batimentos cardíacos e demais funções vitais estão sendo mantidos através de drogas como o fentanil, a dopamina, a dobutamina, a adrenalina. O uso de medicamentos chegou ao limite, não existem doses mais altas, Kalki depende somente de sua força para reverter esse quadro. Existe a questão das seqüelas neurológicas. É evidente no Kalki uma força descomunal que o faz agarrar-se à vida. Mesmo que ele responda positivamente, existe uma série de procedimentos regenerativos para garantir o funcionamento de todo o organismo. Estamos vivenciando um momento de impasse entre a reação do Kalki, o desejo de nossos corações e o que realmente nos reserva o próximo momento. Impossível prognosticar. Seguimos confiantes armados com a certeza tangível da realidade de muitas pessoas que já vivenciaram essa experiência de serem considerados praticamente mortos e de uma forma inexplicável contrariando todas as expectativas sobreviveram.

Um comentário:

  1. Olá, também eu fui mãe de um apressadinho que nasceu com 1 kg de peso, o João! Conheço bem a realidade (difícil) que estão a passar. Desejo muito que a saúde se instale de vez por aí! Acima de tudo há que ter esperança, muita esperança e que o Kalki ultrapasse esta prova tão injusta,
    um enorme abraço deste lado de cá do oceano,
    Ana
    www.nascerprematuro.org

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